quarta-feira, 16 de março de 2011

Voluntários da Pastoral da Criança são pessoas das próprias comunidades

Presente em todo o Brasil e outros 17 países, a Pastoral da Criança trabalha com o objetivo de salvar vidas. Faz atividades de prevenção e orientação que envolvem famílias carentes de gestantes e mães de crianças de 0 a 6 anos.



“Nossos critérios se baseiam na partilha solidária e subsidiária do Evangelho e nas práticas da saúde preventiva ou curativa, com aparatos científicos e também os repassados de sabedoria popular. Nossos meios se alicerçam na formação e atuação do voluntariado”, consta na proposta da Pastoral.

Seus voluntários são pessoas que vivem no mesmo local que as famílias acompanhadas e são capacitados para se tornarem líderes. Realizam três atividades principais: a visita domiciliar, o Dia da Celebração da Vida e a reunião para reflexão e avaliação dos trabalhos desenvolvidos.

Atualmente, a Pastoral da Criança no Brasil tem mais de 261 mil voluntários presentes em 4.066 municípios. Cerca de 1, 8 milhão de crianças e 95 mil gestantes são acompanhadas mensalmente.

De maneira geral, os voluntários da Pastoral da Criança fazem a avaliação nutricional e pesagem das crianças, distribuição da multimistura (complemento alimentar), além de palestras e orientações sobre o desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Para as gestantes, é feita desde a orientação sobre os cuidados importantes na gravidez até preparo para o aleitamento materno, pré-natal, alimentação, higiene, apoio psicológico e preparo para o parto.

Dividida em setores pela cidade, a Pastoral objetiva fornecer um conhecimento básico sobre nutrição e valores familiares, para que as pessoas tenham melhor qualidade de vida. Somente no bairro de Uvaranas, são 914 crianças e 60 gestantes, totalizando 710 famílias acompanhadas.

Andréia de Lara Santos (foto) mora na Vila Marina, tem cinco filhos e sempre recebeu o acompanhamento da Pastoral. “Tive todo o apoio desde a gravidez do meu filho mais novo de quatro meses. Achei bem importante”, conta Andréia.


Já a moradora do Jardim Paraíso Lilia Alves de Meira têm 03 filhos, um de seis, outro de quatro e o mais novo com dois anos. Ela conta que começou a buscar a Pastoral porque seu primeiro filho estava abaixo do peso.

“Na pastoral recebi orientações para alimentação do meu filho e a multimistura”. Hoje, segundo ela, seu filho está bem ‘gordinho’. Pelo fato de a ajuda da Pastoral da Criança ter dado resultado com o primeiro filho, Lilia quando teve outros filhos não hesitou em ir novamente à Pastoral.

Leoni Gonçalves Nabozny tem sete filhos e 10 netos. Ela mora no Jardim Paraíso e já trabalhou por dois anos na Pastoral. Parou de ser voluntária devido a problemas de saúde. Quando questionada sobre a importância da Pastoral para a comunidade, ela relata um caso que acompanhou.

“Uma vez, eu livrei uma gestante de fazer um aborto. Ela estava muito triste de estar grávida. Fui correndo ter uma conversa com ela e fiquei muito feliz por ela ter desistido da idéia e resolver ter o bebê. É nessas horas que a gente se sente realizada”, lembra Leoni.


Fonte: Portal Comunitário de Ponta Grossa

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